Acordando

08:30 1 Comment »

OK, de pé e (mais ou menos) operacional no momento. Sobrevivi ao Carnaval sem grandes traumas - graças aos parentes, amigos e - principalmente - à distância regulamentar de bagunça, como de costume.

Agora, toca arrumar a quinta-feira com gosto de segunda. Pelo menos a semana vai só até amanhã!

10:33 0 Comments »

Por favor, só me acordem na Quarta-feira de Cinzas, sim?

Mondo Mistral: Café!

21:19 Posted In 0 Comments »
Tem uma mercearia no quarteirão de cima. Uma mercearia que vende café moído na hora.

Como diria o alquimista, economizei dez anos de terapia só de sentir o cheiro dos grãos virando pó bem na minha frente. O supermercado que eu frequentei durante a infância tinha uma máquina dessas, meu xodó assumido. Ainda por cima, eu morava próxima à antiga fábrica da União, que deixava o bairro todo cheirando a café recém-passado.

Daí se entende a construção de um vício... O supermercado cresceu e desativou a máquina; a União mudou-se do bairro e vão construir um prédio no terreno da fábrica. E eu estava me contentando em comprar pó de café já moído até essa genial descoberta.

Vou virar freguesa da mercearia para garantir que a máquina de café deles continue funcionando por muito tempo. É questão de sanidade mental! (e também de gosto, confesso - o café é excelente!)

Os vizinhos de pista

20:07 1 Comment »
Ordens são ordens - e ordens de médico, pior ainda.

"Você precisa voltar a fazer exercícios!"

Concordo. Mas enquanto a grana não dá para ir à piscina, que diabos eu faço?

Bom, tem um parque perto do apê. E, uma vez que eu acordo com as galinhas mesmo, toca ir andar por lá.

Eu e meio bairro, pelo visto. Sete e meia da matina em dia de semana e a pista está bem cheia. Senhores orientais lado a lado com os futuros participantes da São Silvestre, madames com ar de esportistas, mamães com os carrinhos de bebê. As senhorinhas nikkey sempre de chapéu, mangas compridas e passo curto, em bando quase sempre. A tropa do tai chi num canto, um batalhão da Polícia Militar fazendo exercícios no outro. Crianças jogando futebol. Um ou outro dormindo no banco.

E eu no meio, fones de ouvido ligados e a imensa bolsa a tiracolo. Me divertindo muito com meus vizinhos de pista. Tanto que eu não sei se volto mesmo para a natação, onde o problema dos fones de ouvido ainda não podem ser resolvidos (iPods impermeáveis existem?) e onde não dá para conversar com o vizinho de raia, sob pena de engolir um monte de água e atrapalhar todo mundo...

Se não tem pão...

08:09 2 Comments »
...por que não fazê-lo?

Tem farinha, tem água e tem leite. OK, eu não sei usar esse fermento que precisa guardar na geladeira - na Inglaterra sempre usava um fermento seco, que vinha em sachês - tanto que todas as receitas que tenho não dão a quantidade do ingrediente em gramas, mas em número de saquinhos. Mas toca aprender.

Dissolver, misturar, amassar - a melhor parte de todas! -, esperar crescer, aquecer o forno, colocar o pão na forma, colocar a forma no forno, esperar loucamente e não se estressar se mesmo depois de uma hora o pão continua mais pálido que alemão de férias na praia.

O importante é que está bom.

E saber que cheiro de pão quente é o melhor calmante que inventaram na Terra.

Lição de casa

13:57 Posted In 1 Comment »
Tenho que fazer a lição de casa do curso de japonês. Lá fui eu, pois, sentar-me no cômodo silencioso da casa, para começar o trabalho pedido pela sensei.

Só que estou com um pequeno problema... Quem disse que eu sei fazer lição de casa?

Nem quando estava na escola eu fazia isso direito. Geralmente, como morava longe dos lugares onde estudava, fazia a "tarefa" na biblioteca da escola mesmo, enquanto não aparecia alguma alma para me buscar. Em casa, raramente sentava para estudar. Para isso tinha a sala de aula, ora bolas.

Mesmíssima coisa para cursos de idiomas, tanto o inglês quanto o francês. Eu treinava (e treino) à exaustão lendo os jornais e um monte de livros emprestados, ouvindo música, engolindo o dicionário se preciso for. Mas nunca consegui fazer os exercícios de gramática como todo mundo. Como é que eu consigo falar (e conjugar verbos!) é coisa que não cogito sequer imaginar.

Com o japonês, não estou aprendendo só um novo alfabeto e uma nova gramática. Estou aprendendo a sentar, pensar e estudar como alguém minimamente normal. Isso, pelo menos, até eu encontrar umas músicas legais para ouvir. Que me aguardem para ver os resultados...

Quando tudo parece que vai (ou está indo mesmo) para o vinagre...

08:21 1 Comment »

(com os devidos créditos para a reportagem da BBC sobre o pôster)

Das coisas que acontecem quando se vai arrumar o telefone mudo

11:47 Posted In 0 Comments »
Na fila para arrumar o celular, num shopping por aí. Uma hora, cronometrada no relógio e na impaciência crescente. Quando finalmente chego no balcão e estou a um passo de resolver tudo... Cai a luz do shopping.

Mais meia hora - por baixo - para resolver o sistema e o gerador. Mas dali eu não posso sair sem o telefone - por mais que eu odeie a idéia de celulares, infelizmente odeio mais ainda perder trabalhos por falta de contato.

Resolvido o telefone (e acalmados os ânimos exaltados depois do chá de cadeira), avisam que está chovendo feio lá fora. O jeito é ficar fazendo hora - se está chovendo, as chances de voltar para casa remando são consideráveis. Nisso aparece um amigo que não vejo há mais de ano, com a família. Um café, um monte de conversa, um monte de piadas, ficamos até que o shopping feche e a água baixe.

No dia seguinte, todo mundo com alguma história de horror para contar: carro alagado, jogo adiado, gente ilhada, o tal caos que sempre acontece nessas horas.

E eu que escapei de tudo isso porque estava na fila para resolver o meu telefone. Daí que eu decidi que nunca mais reclamo dele nem para mim mesma.

San Francisco

11:00 1 Comment »
Meu coração vai para lá, em silêncio.

Ela era uma dessas pessoas que não tem seu DNA, mas são mais família do que algumas pessoas que partilham seu sangue. Uma artista, uma entusiasta da vida, minha tia por aproximação.

Eu não sei para onde a gente vai depois que morre, se é que a gente vai para algum lugar. Hoje, eu quero acreditar que existe um céu bem confortável, onde toque Beatles e onde é servido nhoque com bastante molho e torta de abóbora. Porque sim.

Dr. Livingstone, eu presumo?

11:10 2 Comments »
Ainda explorando o bairro novo. Pelo menos já sei onde fica o ponto do ônibus, o supermercado, a pizzaria e o banco. Falta a lavanderia, a banca de jornal e o cabelereiro. Para ser parecido com a Mooca, só se o pessoal tivesse sotaque. E se a padaria não fosse tão cara!