Síndrome de Expat
13:10 1 Comment »
Você sabe o que dizem dos compatriotas aqui. Barulhentos, incapazes de obedecer ordens, incapazes de sobreviver sem feijão, guaraná ou farofa -- para não falar do famoso e inexorável "jeitinho", que só nos serve para atrasar ainda mais o que precisa ser realmente feito. O tipo que nos mata de vergonha, em suma (e não venha você dizer que não).
Você se surpreenderia se eu te contasse que os ingleses fora do país deles também agem assim? Pois é, eles são. Dizem os espanhóis e franceses que estudam aqui na UEA. Os expats (gíria para expatriate) são assim mesmo: mudam-se para outro país mas abrem um pub com cerveja Guinness e fritas com peixe, falam mal dos habitantes locais e tem a BBC ou a Sky News na TV a cabo. Para que diabos saíram da Inglaterra, então? (a resposta, em 90% dos casos, é uma mistura de impostos com péssimo clima, o que faz algum sentido)
Às vezes tenho saudade de algumas coisas do Brasil -- mas isso acaba passando, enterrado no ramerrão do dia-a-dia. Não aceitaria viver num estado imaginário, morando em um país e tendo os hábitos de outro. Mas prometi para mim mesmo que não vou rir dos meus compatriotas sofrendo de Síndrome de Expat. Cada um vive como quer -- e como consegue.
Você se surpreenderia se eu te contasse que os ingleses fora do país deles também agem assim? Pois é, eles são. Dizem os espanhóis e franceses que estudam aqui na UEA. Os expats (gíria para expatriate) são assim mesmo: mudam-se para outro país mas abrem um pub com cerveja Guinness e fritas com peixe, falam mal dos habitantes locais e tem a BBC ou a Sky News na TV a cabo. Para que diabos saíram da Inglaterra, então? (a resposta, em 90% dos casos, é uma mistura de impostos com péssimo clima, o que faz algum sentido)
Às vezes tenho saudade de algumas coisas do Brasil -- mas isso acaba passando, enterrado no ramerrão do dia-a-dia. Não aceitaria viver num estado imaginário, morando em um país e tendo os hábitos de outro. Mas prometi para mim mesmo que não vou rir dos meus compatriotas sofrendo de Síndrome de Expat. Cada um vive como quer -- e como consegue.
1 comentários:
CArol,
expats or not, a questão subjacente é a educação do sujeito.
Não acredito nessa coisa de "...saudade de comer feijoada, ou caipirinha é o nectar dos deuses", quando por aqui o povo passava longe dessas coisas.
Pessoas educadas são discretas, especialmente em relação ao contexto em que se encontram.
Beijos,
Mom
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