Contabilidade Natalina 2008

08:38 1 Comment »
Panetones: nenhum. Aqui isso é uma novidade, ainda. Compensei com mince pies, um monte.

Canções mata-renas: Uma - e nem foi a Simone. Descobri, da pior maneira possível, que Celine Dion também gravou "Happy Xmas (War is Over)"...

Rádio-leituras: a BBC Radio 4 está lendo o "Christmas Carol" de Charles Dickens, um capítulo por noite, no programa apropriadamente chamado "Book at Bedtime". Taí uma coisa que eu vou sentir falta no Brasil: rádio decente para ouvir e pensar sobre.

Cartões enviados: trinta e oito na última contagem. Na esperança que todos cheguem inteiros e em tempo...

E com isso estão declaradas as férias costumeiras do blog. Retorno em janeiro. Feliz Natal e que 2009 nos seja um ano leve!

Chegadas, partidas e o tempo entre uma coisa e outra

12:30 1 Comment »
O lado bom de ter uma vida de cigana é que você conhece um bocado de gente nova.

O lado ruim é quando você tem que ir embora e precisa dar tchau para esse bocado de gente.

Fotos, emails trocados, cartões de Natal, despedidas mil. Nunca é fácil, nunca é divertido. Mas é preciso.

E não chorar na frente dos outros é uma arte que eu, infelizmente, tive que aprender.

Níveis de frio

16:42 0 Comments »
Frio o suficiente para colocar uma camiseta de mangas compridas.
A camiseta e uma jaqueta.
A camiseta e um blusão fechado.
Uma camiseta por baixo, uma por cima (ambas de manga comprida) e o blusão.
Uma camiseta por baixo, uma por cima (com gola olímpica) e o blusão.
Duas camisetas, um blusão e um casaco. E meias quentes.
Duas camisetas, um blusão, um casaco e o cachecol. E as meias.
Duas camisetas, um blusão, um casaco, o cachecol e um chapéu. E dois pares de meia.
Duas camisetas, um blusão, um casaco, o cachecol, um chapéu e as luvas.
Tudo isso e um casaco bem pesado, além de roupa térmica por baixo de tudo e meias de lã.

E mesmo com tudo isso, como é possível que eu ainda sinta frio, caramba?!

16:39 1 Comment »
Devia ser ilegal o sofrimento das pessoas que a gente ama. Devia mesmo.

Mondo Mistral: Natal, modo de usar

08:47 Posted In 1 Comment »
  • Os sábados estão impraticáveis nesta ilha, ou pelo menos no espaço onde estou: tem gente saindo e entrando em tudo que é loja, carregando os pacotes de Natal. E com esse monte de gente aparece meu inimigo público número um: as mães ao celular, carregando milhares de sacolas e empurrando carrinhos de bebê que sempre acertam a minha canela. Fora de brincadeira, mais uma trombada dessas e vai acontecer um incidente diplomático em Norwich.

  • Claro que há muitas coisas divertidas: a banda (afinadíssima) do Exército da Salvação, apresentações de corais, mulled wine (parente do nosso vinho quente de festa junina), as árvores de Natal e os enfeites. Eu gosto dessa época do ano, apesar de toda a confusão. Pode me chamar de iludida que eu não me ofendo (muito).

  • Os correios tem datas-limites diversas para entrega de correspondência e pacotes antes do Natal, dependendo da região ou do país. Como eu mando cartão para um monte de gente em um monte de lugar diferente, apareço no posto da Universidade pelo menos duas vezes por semana com minha pilha de envelopes. Portanto, pessoal, se não chegar nada aí, botem a culpa nos correios, não em mim.

  • Ontem foi a última aula de japonês do semestre. A classe se cotizou para dar uma caixa de chocolates e um cartão para a sensei. Nunca pensei que ia me divertir tanto, palavra. Continuarei no semestre que vem, com certeza. Rumo aos mangás não-traduzidos!

E pois me mando, que tem pão no fôrno e não está chovendo (ainda) lá fora. Toca aproveitar!

Tudo ao mesmo tempo e justo agora

16:18 1 Comment »
Resolver pepinos variados nos correios, com o provedor de internet, com o pessoal da água, luz, gás e telefone, com o oftamologista e também com o centro médico, arrumar pacotes, despachar pacotes, ir nas festas de despedida dos amigos e não ficar desesperada com as mesmas músicas de Natal em todas os recintos comerciais da cidade (bom, vá lá, ao menos não tem o mata-renas da Simone).

E a noite chega cada vez mais cedo na cidade.

O que explica um tanto do meu silêncio no momento.

A história do vidro de tinta viajante

10:05 1 Comment »
Em Paris, numa papelaria: vidros de tinta J.Herbin na prateleira a um preço decente.

Da prateleira para a mochila foi dois tempos. Os dois vidros foram, de Paris até Norwich, acomodados no meio da sacola de roupa suja (se quebrasse, ia ficar com um saco inteiro de roupas cor verde-folha ou azul-escuro. Mas valia o risco).

Chegando em casa, surpresa chata: um dos frascos veio estragado. E antes que você me pergunte como é que tinta de caneta estraga, explico: a dita veio tão aguada que não deixava nem rastro no papel.

Voltar para trocar na loja seria adorável, porém impossível. Que fazer? Jogar fora o vidro? Apesar de escaldada com o sistema de empurra-empurra das fábricas brasileiras, tomei coragem e escrevi para a J. Herbin explicando o ocorrido e perguntando se eu poderia, de repente, se não fosse complicado ou incômodo ou custoso, trocar a tinta direto com eles.

Pois bem. Eles escreveram de volta pedindo que eu mandasse o vidro defeituoso de volta para a França para que eles pudessem analisar o que houve. "Mandaremos um vidro novo para a senhora sem nenhum custo", escreveram. E lá se foi o vidro, via correio.

Hoje chegou um pacote da França: dois vidros de tinta novos em folha, na falta de um só - o que me deixou muito feliz da vida.

Eu sei que isso é um procedimento normal - ou pelo menos deveria. Como calha de acontecer poucas vezes de uma empresa respeitar um cliente desse jeito, achei melhor registrar o ocorrido...Vai que de repente alguém se inspira!