Redação: Do Trânsito (de acordo com uma pedestre)
08:19 Posted In Redação: 1 Comment »
Não dirijo por três motivos. Primeiro, não gosto - apesar de adorar ver corridas de Fórmula 1 e acompanhar o rali Dakar. Segundo, não tenho carro - o dinheiro para comprar um bólido foi diversas vezes investido em viagens, e é como eu prefiro.
Terceiro e mais importante motivo: eu detesto engarrafamentos. Mesmo no banco do motorista, há uma hora em que nem a coleção inteira dos Beatles dá jeito no estresse. E quando a coisa chega nesse nível, é compreensível que o ser humano exploda em milhões de pedacinhos. E eu já tenho estresse demais na minha vida, obrigada!
Com o Natal, obviamente vem o trânsito - tanto na cidade quanto em suas saídas para mato ou mar. Lembro de diversos dezembros em que a intrépida família Fagundes, a bordo de seu saudoso e sempre sujo Quantum azul-marinho, descia a serra para passar o Ano-Novo na praia - sempre a dez quilômetros por hora ou menos.
Que aventura! Com quatro crianças em idade escolar no banco traseiro e um toca-fitas que só tinha quatro títulos no repertório (a saber: a coletânea do Paul McCartney, um show ao vivo do Fábio Júnior, a trilha sonora de alguma novela das sete e uma fita gravada em casa com o Abbey Road de um lado e o Help! do outro), era uma prova de coragem seguir viagem. Mas valia a pena, mesmo que a gente demorasse umas cinco horas para chegar.
Mais chato era o trânsito para ir no Mercado Municipal ou, mais tarde na vida, aos shoppings fazer compras. Minha mãe resolve o problema comprando os presentes na primeira semana de Dezembro, mas a comida não tem jeito - toca ser na última semana, como todo o resto da cidade. E dá-lhe buzina, flanelinha, mais buzina... Boa parte dos palavrões que aprendi foram no trânsito de dezembro.
Depois do casamento, vim morar por uns tempos próxima de uma das principais ruas de comércio da cidade - não, não a 25 de Março, que essa aí nem pode ser considerada mais "rua" diante da horda que invade o asfalto. Mas, enfim, faz uma semana que eu não consigo sair do prédio sem dar de cara com um engarrafamento bem na porta. Mesmo à noite, porque tem quem leve os filhos para ver as luzes de Natal nas lojas - e fica andando a dois por hora, com um mundo de estressados buzinando. E eu ouço tudo, porque estou no quinto andar. Mesmo se fechar as janelas, o trânsito me alcança.
Sei que a coisa melhora em janeiro, quando todo mundo debanda para mato ou mar e as ruas ficam desertas. Mas é dureza esperar até lá, com tanto barulho e gente reclamando a seu lado. Então, respire fundo, coloque os fones de ouvido e acione a coleção dos Beatles (ou sua banda preferida). E tente não explodir em pedacinhos - nem você e nem os outros, por favor!
Terceiro e mais importante motivo: eu detesto engarrafamentos. Mesmo no banco do motorista, há uma hora em que nem a coleção inteira dos Beatles dá jeito no estresse. E quando a coisa chega nesse nível, é compreensível que o ser humano exploda em milhões de pedacinhos. E eu já tenho estresse demais na minha vida, obrigada!
Com o Natal, obviamente vem o trânsito - tanto na cidade quanto em suas saídas para mato ou mar. Lembro de diversos dezembros em que a intrépida família Fagundes, a bordo de seu saudoso e sempre sujo Quantum azul-marinho, descia a serra para passar o Ano-Novo na praia - sempre a dez quilômetros por hora ou menos.
Que aventura! Com quatro crianças em idade escolar no banco traseiro e um toca-fitas que só tinha quatro títulos no repertório (a saber: a coletânea do Paul McCartney, um show ao vivo do Fábio Júnior, a trilha sonora de alguma novela das sete e uma fita gravada em casa com o Abbey Road de um lado e o Help! do outro), era uma prova de coragem seguir viagem. Mas valia a pena, mesmo que a gente demorasse umas cinco horas para chegar.
Mais chato era o trânsito para ir no Mercado Municipal ou, mais tarde na vida, aos shoppings fazer compras. Minha mãe resolve o problema comprando os presentes na primeira semana de Dezembro, mas a comida não tem jeito - toca ser na última semana, como todo o resto da cidade. E dá-lhe buzina, flanelinha, mais buzina... Boa parte dos palavrões que aprendi foram no trânsito de dezembro.
Depois do casamento, vim morar por uns tempos próxima de uma das principais ruas de comércio da cidade - não, não a 25 de Março, que essa aí nem pode ser considerada mais "rua" diante da horda que invade o asfalto. Mas, enfim, faz uma semana que eu não consigo sair do prédio sem dar de cara com um engarrafamento bem na porta. Mesmo à noite, porque tem quem leve os filhos para ver as luzes de Natal nas lojas - e fica andando a dois por hora, com um mundo de estressados buzinando. E eu ouço tudo, porque estou no quinto andar. Mesmo se fechar as janelas, o trânsito me alcança.
Sei que a coisa melhora em janeiro, quando todo mundo debanda para mato ou mar e as ruas ficam desertas. Mas é dureza esperar até lá, com tanto barulho e gente reclamando a seu lado. Então, respire fundo, coloque os fones de ouvido e acione a coleção dos Beatles (ou sua banda preferida). E tente não explodir em pedacinhos - nem você e nem os outros, por favor!
Com um nó na garganta
21:57 Posted In Mondo Mistral 1 Comment »
Gritamos, reclamamos, lutamos juntos - às vezes contra a vontade, empurrados sabe-se lá em nome de qual Deus. Mas continuamos. E quando partimos, é com um nó na garganta. Mesmo que seja na direção de céus melhores, fica o marejado nos olhos e o desejo de agradecer a chance dada.
Às vezes isso acontece com amigos. Outras vezes, como hoje, com empregos.
Separação amigável, papéis assinados, 13o. e férias devidamente acertadas - e um novo céu se abre debaixo da minha cabeça. Obrigada por tudo, pessoal. E vamos que vamos!
Às vezes isso acontece com amigos. Outras vezes, como hoje, com empregos.
Separação amigável, papéis assinados, 13o. e férias devidamente acertadas - e um novo céu se abre debaixo da minha cabeça. Obrigada por tudo, pessoal. E vamos que vamos!
A ditadura do tamanho
21:21 3 Comments »
Então aconteceu que eu precisei comprar um par de calças para as festas de fim de ano e tive que ir ao shopping.
Odeio fazer compras desse tipo, porque sou obrigada a lidar com a ditadura do tamanho das roupas. Mas, sempre otimista, pensei que seria fácil este ano - afinal, fazer ginástica serve para isso também.
Claro que deu problema - descobri, para meu espanto, que as roupas estão encolhendo. As lojas "de grife" hoje em dia vendem calças no. 34 (que mais parecem vindas da seção infantil, mas são feitas para adultas), mas muitas não fazem nada acima de 42. Para achar um jeans 46 que me servisse, visitei seis lojas diferentes.
Claro que eu fiquei enfurecida e deprimida - é prerrogativa das mulheres, ainda por cima das mulheres que detestam fazer compras. Que tipo de adulta saudável, fora a Charlotte Gainsbourg, consegue entrar em calças 34?! Nem que eu virasse uma faquir extremada eu conseguiria emagrecer tanto.
E quer saber a coisa mais bizarra dessa história toda? No dia seguinte, já devidamente deprimida mas precisando comprar a bendita roupa de qualquer maneira, fui a uma loja da Zara - onde experimentei uma calça social 44 que me serviu perfeitamente.
Donde se conclui alguma coisa - eu acho. Ainda estou meio chocada com isso (e com duas calças de tamanhos diferentes guardadas dentro do armário).
Odeio fazer compras desse tipo, porque sou obrigada a lidar com a ditadura do tamanho das roupas. Mas, sempre otimista, pensei que seria fácil este ano - afinal, fazer ginástica serve para isso também.
Claro que deu problema - descobri, para meu espanto, que as roupas estão encolhendo. As lojas "de grife" hoje em dia vendem calças no. 34 (que mais parecem vindas da seção infantil, mas são feitas para adultas), mas muitas não fazem nada acima de 42. Para achar um jeans 46 que me servisse, visitei seis lojas diferentes.
Claro que eu fiquei enfurecida e deprimida - é prerrogativa das mulheres, ainda por cima das mulheres que detestam fazer compras. Que tipo de adulta saudável, fora a Charlotte Gainsbourg, consegue entrar em calças 34?! Nem que eu virasse uma faquir extremada eu conseguiria emagrecer tanto.
E quer saber a coisa mais bizarra dessa história toda? No dia seguinte, já devidamente deprimida mas precisando comprar a bendita roupa de qualquer maneira, fui a uma loja da Zara - onde experimentei uma calça social 44 que me serviu perfeitamente.
Donde se conclui alguma coisa - eu acho. Ainda estou meio chocada com isso (e com duas calças de tamanhos diferentes guardadas dentro do armário).
Ponto a ponderar
10:44 1 Comment »"If ignorance is bliss, why aren't there more happy people in the world?"
Stephen Fry, no programa da BBC Q.I.
Vícios Confessos, X - Feiras Livres
14:30 Posted In Vícios Confessos 0 Comments »
A vida tem dessas coisas - descobri que tem uma feira dois quarteirões para baixo da rua do meu prédio! Fui feliz da vida passear por lá hoje, sentindo os cheiros, vendo as cores das frutas, morrendo de rir com os gracejos dos vendedores.
Parece que a estrutura nunca muda - lá estão as barracas de carnes e peixes com a lona laranja; o vendedor de batatas, alho e cebola; os carregadores de sacolas (mas ninguém mais usa aqueles carrinhos de madeira que eram tão comuns na minha infância); os japoneses da barraca de pastel; o cara que conserta panelas, as barracas de bugigangas, a florista, o cara dos temperos.
E lá estou eu, no meio da rua, corpo de adulta e mente sintonizada na infância. A vida tem dessas coisas.
Parece que a estrutura nunca muda - lá estão as barracas de carnes e peixes com a lona laranja; o vendedor de batatas, alho e cebola; os carregadores de sacolas (mas ninguém mais usa aqueles carrinhos de madeira que eram tão comuns na minha infância); os japoneses da barraca de pastel; o cara que conserta panelas, as barracas de bugigangas, a florista, o cara dos temperos.
E lá estou eu, no meio da rua, corpo de adulta e mente sintonizada na infância. A vida tem dessas coisas.
Sobre o Natal (e os que não gostam do Natal)
07:18 1 Comment »
A moda, ultimamente, é detestar o Natal. Não sei se você reparou, mas o número de pessoas que finalmente dizem que odeiam a época aumenta a cada dia. Reclamam do cinismo das relações nesta época, da obrigação dos presentes, da comida da ceia, de serem forçados ao amigo-secreto da empresa ou ao jantar com a família - que, obviamente, também odeiam.
Está certo que eu também não gosto de calor e centros comerciais lotados. Também não trabalho com cinismo, mas isso é todo dia e não só no Natal. Não participo de amigos-secretos há séculos, porque os escritórios onde trabalhei tinham poucas pessoas...
O fato é que eu gosto da época do Natal, com todas as coisas estranhas e boas que ele traz. É a única época do ano em que dá para juntar minha família toda. Gosto da comida que fazem no Natal, gosto da confusão na minha casa. Gosto de ir na missa e escutar os cânticos (o Mosteiro de São Bento é uma boa opção nesta época). Gosto dos presépios, dos coros e até mesmo de algumas decorações nas ruas. A questão dos presentes, bem, nunca foi uma questão, como diriam os ingleses: em casa nunca deu para trocar presentes caros e ninguém morreu por causa disso (eu acho).
Não gosto quando as pessoas se sentem obrigadas a serem solidárias no Natal, e não nos outros 364 dias do ano (mas se você assim deseja dar algo, eu tenho algumas sugestões - quem sabe isso estimula a continuar a flexão dos músculos beneméritos nos próximos meses?).
Não gosto de quem se força a participar de algo que não quer, só para agradar os outros. Se não gosta do Natal, não o celebre - quem te impede?
Mas eu, aos 26 anos, ainda gosto das festas de fim de ano, apesar de todo o resto. Não sei se isso faz de mim uma sortuda ou a mais alienada das alienadas. Só sei que gosto do Natal. E se isso é um crime, que se dane.
Está certo que eu também não gosto de calor e centros comerciais lotados. Também não trabalho com cinismo, mas isso é todo dia e não só no Natal. Não participo de amigos-secretos há séculos, porque os escritórios onde trabalhei tinham poucas pessoas...
O fato é que eu gosto da época do Natal, com todas as coisas estranhas e boas que ele traz. É a única época do ano em que dá para juntar minha família toda. Gosto da comida que fazem no Natal, gosto da confusão na minha casa. Gosto de ir na missa e escutar os cânticos (o Mosteiro de São Bento é uma boa opção nesta época). Gosto dos presépios, dos coros e até mesmo de algumas decorações nas ruas. A questão dos presentes, bem, nunca foi uma questão, como diriam os ingleses: em casa nunca deu para trocar presentes caros e ninguém morreu por causa disso (eu acho).
Não gosto quando as pessoas se sentem obrigadas a serem solidárias no Natal, e não nos outros 364 dias do ano (mas se você assim deseja dar algo, eu tenho algumas sugestões - quem sabe isso estimula a continuar a flexão dos músculos beneméritos nos próximos meses?).
Não gosto de quem se força a participar de algo que não quer, só para agradar os outros. Se não gosta do Natal, não o celebre - quem te impede?
Mas eu, aos 26 anos, ainda gosto das festas de fim de ano, apesar de todo o resto. Não sei se isso faz de mim uma sortuda ou a mais alienada das alienadas. Só sei que gosto do Natal. E se isso é um crime, que se dane.
Mondo Mistral: Prova Final
09:32 Posted In Mondo Mistral 1 Comment »
Estou estudando para a prova final de Francês nesta quinta-feira. Ando forçando meu cérebro a compreender a pronúncia das coisas, as nuances dos verbos que não mudam de tom, todo o jogo de letras e palavras que dão sentido ao idioma.
Aprender uma nova língua depois da infância é assim mesmo. As estruturas já estão sedimentadas e é difícil botar os muros abaixo. Mas eu insisto - porque amo expandir os limites do meu mundo - e a lista de motivos para dor de cabeça.
Alors, allons-y?
Aprender uma nova língua depois da infância é assim mesmo. As estruturas já estão sedimentadas e é difícil botar os muros abaixo. Mas eu insisto - porque amo expandir os limites do meu mundo - e a lista de motivos para dor de cabeça.
Alors, allons-y?
Prós e contras (Face Amour, Face Amère)
17:00 0 Comments »
Dia de folga.
A reforma no apartamento vizinho.
As fotos que ficaram boas.
E o trânsito para ir buscá-las, cada vez mais horrível.
Calor na cabeça.
E a ameaça de chuva das bravas mais tarde.
Minha mãe faz aniversário hoje e a família vai jantar junta.
Mas não vai dar para reunir todo mundo.
E por aí vai. Um lado doce e um lado amargo, uma vida inteira no resultado.
A reforma no apartamento vizinho.
As fotos que ficaram boas.
E o trânsito para ir buscá-las, cada vez mais horrível.
Calor na cabeça.
E a ameaça de chuva das bravas mais tarde.
Minha mãe faz aniversário hoje e a família vai jantar junta.
Mas não vai dar para reunir todo mundo.
E por aí vai. Um lado doce e um lado amargo, uma vida inteira no resultado.
Um gripado na família
22:42 0 Comments »
Meu alquimista está gripado. O que significa um oceano de vitamina C, quilos de pílulas, tosses, reclamações e a certeza de que a próxima sou eu - gripes adoram companhia, você sabe.
O problema é que gripe (ainda mais uma gripe avassaladora como essa) não combina com a confusão natalina. Imagine a correria de postar cartões no correio, fazer as compras, montar árvore e all mod cons somados com coriza, dor de cabeça e chateação geral. E trabalhando, ora pois, porque o recesso só começa na semana que vem.
Vai ser uma longa semana, pelo visto...!
O problema é que gripe (ainda mais uma gripe avassaladora como essa) não combina com a confusão natalina. Imagine a correria de postar cartões no correio, fazer as compras, montar árvore e all mod cons somados com coriza, dor de cabeça e chateação geral. E trabalhando, ora pois, porque o recesso só começa na semana que vem.
Vai ser uma longa semana, pelo visto...!
Excursão dentro da minha cabeça
12:13 1 Comment »
Imagino meu cérebro como uma roseta - uma sala de reunião bem no centro e salas ao redor, cada uma ocupada por uma equipe especializada em algum truque. E meus neurônios como funcionários apressados, correndo de um lado para o outro, sempre ocupados com suas funções.
Porque a mobília do nosso inconsciente é feita a partir de nossas lembranças, o tapete desta sala de reuniões é cor-de-vinho, como um que existia na casa da minha avó materna; as paredes tem estampas engraçadas, feitas com giz de cera. E tem uma máquina de café num canto.
A parte que cuida de textos ficcionais tem papel em tudo que é canto, arquivos lotados, manchas de café nas mesas e até nas paredes. A parte da contabilidade vive às moscas, exceto no fim do mês quando surge uma invasão de funcionários para resolver a bomba e ver quanto dinheiro me sobra. O departamento musical tem caixas de som bem potentes - o que explica porque eu fico com frases musicais grudadas na mente por dias a fio.
As péssimas memórias são trancadas num cofre (que às vezes é aberto sem querer, como acontece com todo mundo); as boas histórias, colocadas em porta-retratos na parede com um bom foco de iluminação (mas às vezes as lâmpadas queimam). Às vezes os funcionários fazem greve e eu não consigo pensar em nada. Outras vezes, eles trabalham demais e eu não consigo dormir.
É um modo estranho de se imaginar, eu sei. Mas é como eu prefiro. Não gosto dos paralelos com labirintos ou caixas ou gavetas - minha mente é complicada como a de todo mundo, mas você vê que pelo menos eu tento organizar de uma maneira mais interessante!
Porque a mobília do nosso inconsciente é feita a partir de nossas lembranças, o tapete desta sala de reuniões é cor-de-vinho, como um que existia na casa da minha avó materna; as paredes tem estampas engraçadas, feitas com giz de cera. E tem uma máquina de café num canto.
A parte que cuida de textos ficcionais tem papel em tudo que é canto, arquivos lotados, manchas de café nas mesas e até nas paredes. A parte da contabilidade vive às moscas, exceto no fim do mês quando surge uma invasão de funcionários para resolver a bomba e ver quanto dinheiro me sobra. O departamento musical tem caixas de som bem potentes - o que explica porque eu fico com frases musicais grudadas na mente por dias a fio.
As péssimas memórias são trancadas num cofre (que às vezes é aberto sem querer, como acontece com todo mundo); as boas histórias, colocadas em porta-retratos na parede com um bom foco de iluminação (mas às vezes as lâmpadas queimam). Às vezes os funcionários fazem greve e eu não consigo pensar em nada. Outras vezes, eles trabalham demais e eu não consigo dormir.
É um modo estranho de se imaginar, eu sei. Mas é como eu prefiro. Não gosto dos paralelos com labirintos ou caixas ou gavetas - minha mente é complicada como a de todo mundo, mas você vê que pelo menos eu tento organizar de uma maneira mais interessante!
Contabilidade Natalina 2007 - I
09:25 1 Comment »
Enfeites de Natal - uma árvore, minúscula (porque o apartamento não tem o apelido de Caixa-de-sapatos à toa); um enfeite com sinos na porta; um papai noel que veio na caixa do panetone em cima da escrivaninha.
Panetones - dois até agora, mas tenho a desculpa de que as vendas começaram mais cedo...
Cartões - não comprei ainda, mas pretendo resolver isso hoje.
Vezes em que ouvi "Então é Natal" - nenhuma ainda, graças a Deus. No entanto, descobri que o Queen tem uma música de Natal excelente (Thank God It's Christmas) e isso me alegra um tanto.
Cores do site - alteradas para seguir com o espírito natalino. Eu gosto de pinheiros, poxa.
Panetones - dois até agora, mas tenho a desculpa de que as vendas começaram mais cedo...
Cartões - não comprei ainda, mas pretendo resolver isso hoje.
Vezes em que ouvi "Então é Natal" - nenhuma ainda, graças a Deus. No entanto, descobri que o Queen tem uma música de Natal excelente (Thank God It's Christmas) e isso me alegra um tanto.
Cores do site - alteradas para seguir com o espírito natalino. Eu gosto de pinheiros, poxa.