Devagar e quase sempre, sigo com os estudos de
hiragana, paralelo ao curso de japonês na universidade. Já sei seis linhas de fonemas e aprendi a escrever algumas palavras, o que me deixa com o nível de uma criança nipônica de uns quatro anos. Tremenda evolução para uma pessoa que era analfabeta oriental até pouco tempo atrás.
Pelo tanto de trabalho que os hiraganas estão me dando, fico pensando a dor de cabeça que vai ser aprender kanjis. Eu e minha famosa teimosia!... Mas, como sempre, não desisto enquanto não aprender a ler o jornal. E, vá lá, admito que é divertido, apesar de tudo. Tive inclusive a chance de me livrar de um trauma infantil: comprei um caderno de caligrafia pela primeira vez em décadas, sem uma professora desesperada pedir!
Para decorar os símbolos, toca memorizar palavras que os utilizem. Aprendi a linha dos fonemas com "s" porque "sushi" em hiragana se escreve
すし (para quem quiser saber, "sakê" se escreve
さけ - e os dois itens tem seus kanjis específicos, mas isso mais tarde). Pêssego é moleza:
もも (momo). Cachorro é "inu" e gato, "neko". Estação de trem, "eki", cafeteria "kissaten". Os dias da semana eu ainda não decorei, mas terminam todos em "-yôbi".
Quando tudo mais falha, o jeito é apelar para a piada hermética. Por exemplo, para lembrar que som tem o hiragana
に, eu penso em Monty Python (e os cavaleiros que dizem "Ni!"). Como piada, é nulo. Mas me ajuda um bocado, então está bem por mim.