Terapia das duas agulhas

08:23 1 Comment »
Enquanto o tempo esfria lá fora (até que enfim!) e os problemas se acumulam em todos os cantos possíveis do apartamento, eu me ponho a tricotar. Coisa meio anacrônica, diriam, mas que posso fazer? Pelo menos isso me distrai - às vezes demais, a ponto de esquecer chaleira ligada e ignorar campainha que toca.

Mas é bem isso que eu preciso: distração total e barata, que não envolva eletricidade nem taxa de adesão.

Eu nem posso dizer que é coisa de avó, posto que minha avó só fazia crochê (e costurava - era sua profissão) e nunca me ensinou a colocar um ponto em agulha. Ela se surpreendeu, mas não muito, ao ver que eu tinha aprendido a tricotar lendo livros e vendo vídeos na internet. Ela meio que conhece a neta que tem.

Minha madrinha, que é uma dessas mulheres que fazem tricô, crochê, bordados, pintura e ainda dá aulas de Química, decidiu me ensinar a fazer blusas num método chamado "crochê tunisiano" - que é rápido e bem diferente, com a maior agulha de crochê já vista nestas bandas. Digamos que ela tem de paciência o que eu tenho de afobação: entre fazer e refazer barras e mangas já são quase um mês de briga com os fios. Ou seja: diversão garantida.

Já tenho outros muitos projetos na lista, o que irá garantir minha saúde mental pelos próximos meses - e a alegria dos armarinhos do Bom Retiro, que é onde vou comprar linhas. E se é mesmo anacrônico, que me passem as anáguas e os bobes para permanente, que eu não estou nem aí.

1 comentários:

Anônimo disse...

Anna, eu sempre li o blog do Lm e adorei. Um dia uma amiga mostrou o seu blog para mim, dizendo que você era esposa dele e escrevia tão bem quanto, mas de um jeito diferente. Agora depois de meses acompanhando seu blog posso dizer: você escreve tão bem quanto, porém de uma forma muito mais delicada e doce que cativa todos que lêem. Abraços e parabéns.