Memórias televisivas

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A família da minha tia, radicada na Itália, mandava fitas e mais fitas com os programas da RAI para os familiares que moravam aqui. Era engraçado ver como os programas eram parecidos com os nossos - ainda que naquele italiano ardido. A RAI é um SBT gigante, no que o SBT tinha (e tem) de mais kitsch.

Meu vizinho no alojamento estudantil, lá na Inglaterra, tinha uma televisão. Ele adorava os programas de jardinagem, sei lá eu porquê. Ele me deixava assistir a novela EastEnders e o Doctor Who de quando em vez.

Minha avó paterna é noveleira, e com orgulho. Certa vez, correu o boato de que a GlóriaPires tinha se matado - alguma coisa maluca, obviamente, mas ela me fez ligar o computador para ver se era verdade. "Imagina, uma novela sem a Glória Pires!", ela dizia.

Os comentários que meu pai e meus tios fazem quando assistem a novela (geralmente no fim de ano, quando estamos na praia e não tem o que ver), eu não posso reproduzir porque tem criança na platéia. Mas começava nos implantes da Danielle Winitz e ia parar sabe Deus onde.

Meu tio Ricieri, se achando muito engraçado, tirou os fusíveis da caixa de luz de casa na hora em que ia passar o último capítulo de A Próxima Vítima. Poucas vezes ele foi tão xingado.

Hoje em dia eu quase não assisto TV. Mas é engraçado lembrar de como a caixa de fazer doido me traz lembranças.

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