Dentro de uma bolsa

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(a partir de uma sugestão da Denise)



Quem melhor definiu a bolsa de uma mulher foi o Bénabar, na música "Sac à main": "(...) animal fiel que a segue como um cãozinho/caixa-forte, confidente, parcial e única testemunha/ que ela carrega no vão entre seus rins / mas que ela chama, como se não fosse nada, sua 'bolsa'".

A "bolsa" é uma entidade extremamente feminina, que pode explicar graficamente qualquer traço de personalidade. Praticamente a personalidade da pessoa em imagens. Há quem carregue o mundo, há quem consiga ser frugal. Há quem precise de três ou quatro batons e quem não tenha nem um mísero pente. Há de tudo.

Eu carrego a caneta-tinteiro, carga extra para a caneta (nunca se sabe...), caderno. Um livro de bolso (que às vezes vai na mão, dependendo do peso!), um monte de papel avulso, balas diversas. Batom, escova e um espelho que eu ganhei de presente num Christmas Cracker. Passe de ônibus, crachá do escritório, o MP3 player todo enroscado nos fios do fone de ouvido. Além da carteira que nunca tem dinheiro, as chaves (as de casa, as da casa dos meus pais, a do escritório, todas juntas num chaveiro da Livraria Francesa) e o canivete.

Depois me perguntam porque meus ombros doem - mas se eu deixo alguma coisa em casa, com certeza acabo sentindo falta no fim do dia. Que analisem isso, se puderem!

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