Forno, Fogão

11:02 2 Comments »
Uma das minhas irmãs passou em casa dia desses de surpresa, com um presente que, segundo sua descrição, era a minha cara - um livro de receitas do Jamie Oliver.

Minha chefe, quando me casei, me deu dois belos livros de culinária, um deles com receitas do famoso restaurante Carlota - ao qual nunca fui, mas que alguns colegas tecem elogios. A julgar pelas receitas editadas, merece mesmo as loas.

Deu para perceber o esquema, certo? Quer me ver feliz, me arranja um livro de receitas. São úteis e alguns são até divertidos para ler fora da cozinha (o do Carlota, por exemplo - e o do Oliver, pelas tiradas do cara, muito bem traduzidas na edição nacional).

Sou uma criatura que gosta de cozinhar. Mas não sou uma chef amadora, nem de longe. Não gosto das receitas complicadas, não sei trabalhar com ingredientes raros e/ou gourmet, não entendo nicas de vinho (apesar dos genes italianos). Se quer comida refinada, vá ao restaurante - chez moi o esquema é o que meu avô Nelson chamava de "comida de guerra".

Gosto de aventais com frases engraçadas, mas a aparelhagem especial pára por aí. Corto e peso coisas a olho, sempre me confundo com as colheres (de sopa ou de sobremesa?), já cozinhei bolos e pães em panelas sem cabo por falta de fôrma, vivo substituindo ingredientes quando não acho o que preciso.

Quando a ocasião é especial, faço tudo direitinho, com tudo o que a receita manda, por mais estranho que me pareça. Mas não me divirto tanto assim. Meu negócio é mesmo a cozinha de guerra, com gargalhadas e erros, bagunça e animação. A vida, afinal, já é complicada o suficiente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu gosto do penne al diavolo!
SAudades,
Mom

Anônimo disse...

Ah, e além de tudo você cozinha bem.