O café no final do parque

11:50 2 Comments »
"Cachorros são bem-vindos desde que presos pela guia e sem latir", diz o aviso na porta do café-lanchonete do parque. Boa atitude. Até porque eles iriam perder clientes se fosse proibida a entrada de animais: no Earlham Park, perto de casa, 90% dos freqüentadores aparecem acompanhados de seus animais de estimação. Logo, eles são bem tratados: tem comida à venda no café para eles e pote com água do lado de fore.

O café-lanchonete é simples -- chão de cimento queimado, toalhas e flores de plástico, rádio ligado nos fundos da cozinha. Mas a comida é feita na hora, os bolos e tortas são assados no local, não tem frescura nem máquina de capuccino. E tem os cachorros, claro, atração à parte. Hoje tinha um border collie que estava a fim de um teco de sanduíche -- e não importava se o dito sanduíche fosse o dono, o do filho do dono ou o da moça sentada na mesa ao lado. Outro dia tinha um vira-lata pequenininho que ficou puxando briga com um São Bernardo. É uma cena.

A primavera não sabe se quer ficar por aqui - aparece numa hora, depois foge e deixa um friozinho meio chato. Boa desculpa para entrar no café do parque, pedir um prato de bolo de nozes e uma xícara de chá -- e ir deixando o clima se decidir do lado de fora.

2 comentários:

Claudio Costa disse...

"A primavera não sabe se quer ficar por aqui - aparece numa hora, depois foge e deixa um friozinho meio chato" - só esta frase valeu a visita.

Anônimo disse...

Carol,
concordo com o Prof. Claudio Costa.
Essa sensação só sente quem está ai, desse lado do oceano.
Beijos,
mom