Surfando radiofônicamente falando

13:08 2 Comments »
Esportes e rádio, quanto da minha infância não nasceu a partir desta combinação.

Meu pai não admitia conversa no carro quando voltávamos de passeios aos domingos: ele dirigia ouvindo os jogos do Corinthians na transmissão da Jovem Pan AM e, torcedor roxo que era, xingava e sofria como se os onze em campo fossem parentes próximos.

Nas Copas do Mundo, meu tio vivia com o rádio ligado, mesmo quando já estavam mostrando o jogo na TV. Um amigo meu faz a mesma coisa atualmente -- o que ocasiona uns problemas por causa do delay: quando, na TV, o jogador vai bater o pênalti, no rádio já anunciam que ele chutou para fora. Um desespero.

Olimpíadas, corridas de Fórmula Um... até luta de judô eu já acompanhei pelo rádio, viajando da casa da minha avó até São Paulo (ou vice-versa) ou longe, de maneira geral, de uma televisão. Hoje foi o Grande Prêmio do Bahrain e eu ouvi pelo BBC 5 Live, uma das estações de rádio daqui (já que não tenho TV em casa).

Não foi tão divertido quanto uma narração do Téo José, claro, mas deu para se divertir. Na próxima, vou ver se o site da Jovem Pan AM funciona e vamos de nostalgia radiofônica mais uma vez.

2 comentários:

LM disse...

O impressionante é a emoção do locutor. Parece narrar corrida de caramujos - que podem ser deveras excitantes, diga-se.

** ** ***

João disse...

Risos... fiquei imaginando o locutor inglês, com o característico sotaque, narrando as saídas de curvas do Hamilton, num GP sonolento. Também fiquei com saudade do GP do Brasil, em Interlagos, vendo os bólidos passar a toda velocidade em frente aos boxes e ouvindo o Nilson César narrando com o grande Carsughi comentando.
O difícil é aguentar o Galvão e o puxa saco do Burti com o famoso Brasil-sil-sil.
Beijos