Um soldado, uma batalha, uma guerra

10:03 5 Comments »
Meus moinhos de vento são os arranha-céus.
Meu Rocinante é o trem do metrô.
Tenho vários Sanchos, de sotaques e portes diferentes.
Tenho uma Dulcinéa meio assim, digamos, distante. Porque a inspiração é uma menina mimada que só aparece quando lhe dá na telha.

Eu não sou o Dom Quixote mas estou armada como tal.
E que venham os gigantes!

***

Feriado de Finados é um troço complicado. Especialmente agora que eu passo perto de dois cemitérios no caminho para o trabalho. Fico com paúra das flores, da visita protocolar, do gesto automático de só ir "visitar" os parentes falecidos nessa data.

Não tenho e nunca tive medo de cemitério. Medo da morte é diferente: tive, tenho e até que chegue a hora continuarei tendo. Tremendamente normal, não? Mas medo de cemitério? Bah, vão ver se estou na esquina. A paúra é pela consternação do dia de Finados, das pessoas que só estão por lá para cumprir tabela.

Por isso não gosto do feriado de Finados. Aquela cerimônia toda não é para mim. Eu me lembro dos que se foram à minha maneira. E nem sempre na data que o calendário manda.

***

Je suis en état de marche. I'm into the war path.
Ou seja: ou sai da frente ou eu vou passar por cima.
Não se preocupe: volto ao estado "normal" assim que as coisas se acalmarem. Provavelmente no ano que vem...

5 comentários:

Anônimo disse...

Shrek e Fiona?
:-)
** ** ***

Anna disse...

Olhe, é mais ou menos por aí ... :)

Clara Madrigano disse...

E a Zombie Walk? Alguém viu?

PS: Atualização no TP, câmbio e desligo.

João disse...

Ei Anna, seu texto sobre Quixote me fez lembrar um filme: O exército Brancaleone... só não me pergunte o porquê deste non sense.
Também não gosto da idéia de Finados. Não vejo sentido nesta história de data marcada para visitar "os mortos", mas não sirvo de referência, pois não os vejo como mortos.
Beijos

Anna disse...

João: perfeitamente cabível a comparação. Eu sou o Exército Brancaleone versão compacta :P