Redação: Transporte

11:14 Posted In 4 Comments »
Chove pouco, não o suficiente para me convencer a pegar o guarda-chuva. O calor na cidade é de estrangular. Mas, porque chove meia dúzia de pingos, os vidros do ônibus vão fechados. E que se dane o calor.

Parece que dizer bom dia ao motorista do ônibus é uma atitude estranha por aqui, a julgar pelo olhar dos passageiros ao redor quando faço isso. Mas nunca vi nenhum motorista ou cobrador reclamar do gesto.

"Quer que eu segure a sua bolsa?" É um gesto comum entre as sardinhas, quero dizer, entre os usuários de ônibus e metrô. Afinal, quem vai sentado não gosta de viajar com uma mochila ou pacotes batendo no nariz. Mas há quem olhe como se o cortês companheiro de suplício fosse um ladrão em potencial e diz "não, não precisa" com ar de raiva sorridente. E toca o cidadão atrapalhar todo mundo com sua mochila ou pacotes.

Parar fora do ponto não pode. Mas e quando o "ponto" é, quase literalmente, dentro de uma floreira? E antes que você me pergunte, sim, existe este tipo de troço - e eu tenho que descer nele de segunda a sexta. Planejamento urbano o caramba.

Isso para não dizer do perigo que é andar de ônibus à noite. Minha sorte é que eu entro e saio em áreas bem movimentadas e iluminadas, mas Deus proteja quem vai até o fim da linha. E todos aqueles que dependem do transporte público em Sampa City, porque estamos mesmo precisando...

4 comentários:

Henrique e Marina disse...

Relaxa... com o final das eleições todos os seus problemas serão resolvidos... ou aumentados... sei lá!

Anônimo disse...

Quando eu crescer quero escrever que nem você. Adoro seus textos.
Beijocas.

Thiago disse...

Eu também, quando crescer, quero escrever que nem você.

Vim parar aqui por acaso, mas curti muito :)

Beijo!

Oswaldo Akamine disse...

Eu, que já cresci, quero aprender a escrever.